Ajé Saluga
Orisá que protege as grandes fortunas, e por isso é adorada por muitos, em terras iorubas é cultuada pelas pessoas de
negócios e comercio e também por saúde.
Simboliza pro povo ioruba a rainha que tem o poder de ganhar dinheiro para se ter uma vida sem dificuldade e com
prosperidade extensiva a toda a família.
Pertence a família de Olokun,e sua morada é no mar,e seus orikis expressam bem isso.
Ajé wole de o, sebi okun nbó o ajé o!
Aje o labokun
Aje o labokun
Aje o labokun
Osi rabu rabu o lebeka
Senisa ni yeye aje
Asa leyo leyo
Arin leyo leyo
Ona gboro lobaje
Iya aje wa joko kale si le awa
Eda giri Omo e ma wo towon bo
Tani o tare tawa wa funwa
Agutan ifa ni o tare
Tawa wa fun wa agutan
Asé!
Oòsà Ojà x Aje Sàlugá
A riqueza, o lucro e dinheiro tornou-se um espírito chamado Aje e ela foi morar com sua mãe Olokun.
Toda vez que alguém queria fazer lucro no comércio, ou queria ser rico era a Orisa Aje Saluga que a pessoa deve recorrer.
Aje entra no mercado sem aviso prévio e vai para quem ela quer.
Os Yorubas dizem: AJE A WO IGBA.
Rezam para Aje favorecer e trazer lucros em seus negócios.
A palavra Ajè pode ser traduzida como Progresso para você,
Sucesso para você,
Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize.
Ajè Ògúgúlùsò significa:
Ajè Senhora da morada da sorte e das realizações do homem, Senhora do paraíso e prosperidade.
Ajè é um Orìsà paciente, próspera, fértil, longevo, sábia, harmoniosa, generosa, tolerante, justa e protetora da riqueza do homem (em todos os sentidos), atraindo dinheiro a quem a cultua.
Protetora do progresso defende as pessoas da inveja e de forças negativas que impeçam seu desenvolvimento econômico.
Favorece o uso sábio do dinheiro e protege as pessoas de receberem “mau dinheiro”, advindo de pagamentos realizados de má vontade ou com raiva.
No Odù Odi méjì ele está nos dizendo sobre Odi fazer amor com a Chefe das mulheres do mercado que é um Òrìsá chamado Oòsà Ojà, que está ligada a divindade Ajè Sàlugá , esta divindade é um Òrìsá funfun, fala sobre dinheiro e riqueza, o ìgbà deste Òrìsá – Oòsà Ojà – geralmente está localizado no centro do mercado coberto com pano branco, o chefe ou líder de cada mercado é uma mulher cujo titulo é Ìyá lojá ou Ìyá lajé, todos os mercados são geralmente governados por Aje Sàlugá como a divindade que rege o mercado.
Òrìsá detém uma posição importante no grande mercado é muito popular em Òyó até os dias de hoje com base na posição que ocupou no antigo e histórico mercado de Òyó em Koso.
Temos vários versos de Ifá, que dão referência a Oòsà Ojà e Aje Sàlugá.
Odi Méjì diz:
Depois de desfrutar e fazer amor com Oòsà ojà,
Outros também queriam fazer amor com ela,
Quando todos ficaram contentes,
Eles começaram a cantar,
Dizendo Oòsà ojà não nos deixar ir,
Doce mel não nos permita deixar o mercado,
Doce mel, (insinuando para a tentação de permanecer no mercado ou se sentindo obrigado a ficar e possivelmente gastar mais dinheiro do que o esperado).
Em algumas cidades onde o culto desta divindade é maior, todas as jovens vão ao mercado, como parte dos ritos de passagem para mulheres jovens, esta é a divindade primordial que tem os rituais realizados, ela simboliza a riqueza, a prosperidade e a fertilidade da mulher.
Ajè se sente (defecar) em minha cabeça (me abençoe com dinheiro, quando se anda na rua e um pombo defeca em você dizemos que é uma bênção de dinheiro),
Quem toca Ajè se torna ‘humano’ (fértil).
Aje dormiu na minha cabeça, quem toca Ajè (recebe bênçãos) age como uma criança (alegria de “ganhar na loteria”).
Ajè eleve-me como um rei (me dê dinheiro / filhos, me faça uma pessoa importante na vida).
MAIS UM POUCO DE AJÉ (PARTE 1)
É um Orisa relacionada com a saúde, a sorte e a riqueza.
Sua relação com a água do mar que é sua morada indica sua fertilidade, abundância.
A concha (por sua forma de orelha) é a forma de perceber a palavra e a pérola é a mesma coisa.
Comerciantes e outras pessoas que procuram ativamente o dinheiro o adoram como seu patrão e colocam em
recipientes conchas e dinheiro para o tratar com atenção.
Em ocasiões importantes, quando grandes quantidades de dinheiro foram gastas, é usual ouvir o grito AJÊ OH!
Tais ocasiões dão uma demonstração concreta de sua generosidade,
encontrar uma concha perola é considerado uma boa sorte.
Esta concha e a pérola em si, associa-se com a orelha devido a sua forma, que é o órgão da percepção auditiva,
instrumento do entendimento espiritual.
Simbolicamente a pérola se transforma na palavra.
Iba Ajè:
Aki beru loruko ti a npe Ifá
Akiberu loruko ti a npe Odù
Olómo sawe loruko ti a npe Ajè
Ajè ko yawa je ni ile mi o
Asé
UM POUCO MAIS DE AJE SALUGA (PARTE 2)
Ajè Sàlugá como é conhecida pelos próprios nigerianos (que consultam Ifá e fazem ebo de prosperidade no
inicio do ano novo Iorùbá), é uma divindade muito cultuada entre o povo Iorùbá, pois se trata de um òrìsá que quando é
tratada costuma trazer riquezas e prosperidade aquele que a trata.
Ajè é um òrìsá feminino, considerada
irmã mais nova de Yemoja, teve seu culto iniciado quando um dos itan de Ifá foi revelado.
Neste itan conta que Ifá se encontrava em uma situação financeira muito ruim, a fome e a necessidade lhe
acompanhavam.
Havia uma menina muito feia que diziam ter saído a pouco das profundezas do mar, ninguém gostava dela, ninguém
pretendia aceitá- la dentro de casa por não aceitar sua feiura, deste modo ela andava vagando pelos caminhos, ruas e
estradas à procura de um descanso.
Um dia Ifá abriu sua porta e se deparou com aquela menina feia e ela pediu estadia, sem pensar duas vezes Ifá como
sempre muito generoso, a aceita dentro de sua casa e deu a ela o pouco do que tinha para comer e um lugar para
descansar.
Durante a noite Ifá foi surpreendido por aquela menina dizendo que estava querendo vomitar.
Ifá preocupado com aquilo providenciou uma tigela e estendeu a frente da menina, mas ela se recusou, então ele a
apresentou uma cabaça e obteve recusa, da mesma forma aconteceu quando ele o ofereceu um jarro, o maior que ele
possuía em sua casa, mesmo assim ela se recusou a vomitar ali e disse à Ifá:
Em minha casa estou acostumada a vomitar em um quarto.
Ifá levou-a para o único quarto que aquela casa possuía e chegando lá mais uma vez se surpreendeu quando viu aquela
menina vomitando inúmeras pedras preciosas, azuis, amarelas, branca, de todos os tipos, incansavelmente.
Pelo caminho, um homem viu o apuro que Ifá estava passando com aquela menina e perguntou se ele podia entrar para
prestar ajuda, quando entrou no quarto onde estavam se encantou com tamanha riqueza que aquela menina deixava
pelo chão de Ifá e exclamou:
“Há! Nós não conhecíamos os poderes desta menina, por isso a repudiávamos, e hoje eles estão revelados!”
Este homem disposto a servi-la, colocou-lhe o nome de Ajè Sàlugá.
Depois disso todos ficaram sabendo dos presentes que Ajè havia dado a Ifá e todos queriam recebê-la em suas casas.
Ajè tem seu igbá arrumado de forma individual, não podendo ter finalidade de Ojugbó, é pessoal e intransferível.
Conchas, caracóis e outros apetrechos são os instrumentos sacralizados que fazem parte de seu igbá.
ASÉ.
Telefone: (12) 3042-36-39 / (12) 98271-7530 / (12) 99628-33-44
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