IKU
Iku é em si a própria morte, que por mandato Ólódùmarè vem buscar aqueles que cumpriram seu tempo na terra, para que mais tarde Ólódùmarè possa decidir o seu destino novamente ou seja, se eles vão para Ara Orun, ou deve retornar ao Aiyê para completar sua nova missão. Iku por sua arrogância passou a comandar os guerreiros Ajogun, sua cor é a preta.
Ikú Kí pani, ayò I’o npa ni – “ A morte não mata, são os excessos que matam”
O odú Òyèkú Méji revela, em um de seus ìtàn, que a morte somente começou a matar, depois que sua mãe foi espancada e morta na praça do mercado de Ejìgbòmekùn.
Ele gritou enfurecido.
Fez do elefante a esposa do seu cavalo.
Ele fez do búfalo a sua corda.
Ele fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para lutar.
A esposa da morte Ojontarigi era a única esposa da Morte, mesmo assim Orunmila quis arrebatá-la.
À Orunmila foi dito para ele fazer sacrifício,E ele fez.
Depois que ele terminou de fazer o sacrifício, Ele arrebatou Ojontagiri para longe da morte.
Então a Morte pegou o seu Kumo,e foi para a casa de Orunmila.
Ele viu Esu na frente da casa.
Esu disse: “Como vai você ?”,Iku Ojepe cujo artigo de vestuário é tingido em osun.
Depois que eles trocaram saudações,
Esu pergunta para ele: Onde você vai?
Morte respondeu que ia para a casa de Orunmila.
Esu pergunta: Qual o problema?
Morte disse que Orunmila levou sua esposa,E por isso tem que matá-lo.
Esu, então, implorou para Morte se sentar.
Depois que ele se sentou,Esu deu comida e bebidas.
Depois que Morte comeu até se satisfazer, Ele se levantou,
Pegou seu bastão, E começou a ir.
Então, Esu perguntou novamente: “Onde você vai?”,
Morte respondeu que ele ia para a casa de Orunmila
Então Esu disse: “Como você pode comer a comida de um homem, e ao mesmo tempo querer matá-lo ?
”Você não sabe, que a comida que a pouco você comeu, pertence à Orunmila?
De repente morte não sabia o que fazer,
Ele diz: “Diga para Orumila que ele pode ficar com a mulher”
Assim Ikú ficou sozinho, sem filho e sem esposa!
Sendo o Orisa mais fiel a Òlòdumàré
Por isso se recebemos uma pessoa em nossa casa, damos abrigo, alimentação, esta pessoa não poderá nos fazer mal, e se o fizer pagará com a própria vida por este ato.
Nem Ikú matou Òrumilá depois de comer sua comida. Quem somos para fazer mal aquele que nos alimenta.
Ikú era um jovem guerreiro, forte e muito bonito. Sua beleza era tamanha que impressionava tanto às mulheres quantos aos homens.
As mulheres encantavam-se tanto com sua bela figura que onde quer que o vessem, acompanhavam-no, só para poderem continuar admirando aquela criatura tão encantadora.
Não podia desviar os olhos dele.
Os homens, embora tentassem disfarçar ou não querem admitir que estavam encantados com a beleza de Ikú, também acabavam seguindo-o.
Só que Ikú morava a no Igbo-ikù (floresta dos mortos ou floresta da morte), de de onde quem quer que fosse até lá e entrasse, jamais sairia; nunca mais era visto, pois fôra para o Igbo-ikú.
E todo o encanto e beleza de Ikú tinham justamente o objetivo de chamar a atenção das pessoas e atraí-las, e que inadvertidamente seguiam-no e penetravam no igbó-ikú, o reino dos mortos, onde, evidentemente, o rei era o próprio Ikú.
Ikú, a morte, é o outro nome pelo qual é chamado “Oníkò”, este último
era seu nome em tempos primordiais, mas pela ação de matar, que é a
perda da vida de tudo que foi criado, incluindo o homem, preferiram
chamar esta entidade pela sua qualidade.
Ikú Oníkò é um servente de Olódùmarè que foi criado para trazer de
volta a alma do viajante a cidade do céu (Orun).
O Odù Ogbe Oyeku certifica a criação de Ikú como resultado de um
acordo que os mortais fizeram com Olódùmarè.
Ikú foi um ser físico de nome Oníkò, quando viveu Àiyé (terra), mais
precisamente, foi Bàbálawo muito devoto da tradição Iorùbá e por seu
trabalho, junto à assistência de Onípìpín Orun, ele sabia a hora de que
cada homem iria morrer.
Após sua morte, Olódùmarè concedeu-lhe o poder de tornar-s
e invisível, para que pudesse realizar suas tarefas de forma discreta. Desde então, ninguém sabe onde vive e quando atuará, restando
saber apenas que um dia ele aparecerá.
Ikú não é visível aos olhos humanos e segundo Ifá, sua presença
pode ser sentida por algumas pessoas quando seus dias estão
terminando aqui no àiyé e estão prestes a morrer.
A morte constitui em o final de um ciclo, onde devemos sempre ter
em mente que nossa passagem no Àiyé é temporária, e tem como
propósito geral de crescimento espiritual, resumindo-se na missão
pessoal de cada indivíduo.
Aquele que tem medo da morte não vive a nossa crença ou não
entende que a vida é um processo de aprendizagem.
A vida é uma experiência momentânea, que quando chega seu fim é
porque a aprendizagem está completa.
A pessoa poderá assim regressar a seu verdadeiro local de origem e
constituir-se em um espírito protetor para seus seres queridos, que permaneceram no àiyé.
Ikú é conhecido também como Oba Ajogun (Rei dos Ajogun) e sua
esposa é chamada de Àrùn (doença).
ÌKÚ – O Senhor da Ancestralidade
Na cultura e na religiosidade Iorubá, Ìkú é masculino.
A função de Ìkú faz com que ele não seja amado e,
consequentemente cultuado, muito menos compreendido. Afinal, a
Ìkú foi dada a missão de finalizar a existência dos seres no planeta
Terra.
Ìkú é o filho adotivo e inseparável de Nanã. Foi essa relação intensa,
profunda e harmoniosa que deu a Ìkú a intimidade para sugerir que o
barro (amò) de Nanã fosse usado para criar o corpo humano.
Como nenhuma mãe consegue negar o pedido de um filho amado,
Nanã não fugiu à regra e deu um pouco do material no qual se
fundamenta para formar o corpo dos homens, com a condição de que
este material retornasse para ela quando o corpo físico de cada
pessoa deixasse de ser necessário.
Foi nesse momento que Ìkú deixou de ser um guerreiro para se
transformar em Morte.
Ìkú carrega um bastão com uma cabeça esculpida na ponta
superior.
O kúmòn é o instrumento usado por Ìkú para cumprir sua
principal função: ceifar, na Terra, a existência dos seres vivos.
Mas foi também esse mesmo bastão que Ìkú usou para retirar o barro
utilizado para formar a matéria e dar vida aos seres.
Afinal, vida e morte são inseparáveis, sempre!
Como não existe culto direto para a Morte, é lembrado
através do culto aos mortos: Ìkú é o Senhor da Ancestralidade.
Para Ìkú não existe assentamento ritualístico.
Morte não se manifesta em apenas alguns “filhos”, ele se manifesta,
um dia, com certeza absoluta, em todos, sejam ricos ou pobres, feios
ou bonitos, pretos ou brancos.
Sempre obedecendo às ordens superiores as de Olodumare.
Ìkú fala em diversos odus de Ifá.
Por motivos como medo do desconhecido, apego excessivo aos
entes queridos ou, simplesmente, falta de uma reflexão mais
profunda, o ser humano ainda não consegue entender a belíssima
tarefa dele.
É necessário que as existências e os acontecimentos se findem para
que novos estágios de existências e situações aconteçam.
POUCO MAIS DE IKÚ
Ikú é um Orisa de extrema importância, IKÚ é a MORTE.
Quando Odu Oyekú Mejí chegou a Terra, a morte ainda não existia.
Orisá Ikú (morte) nasce nesse caminho para cumprir sua função no
Aye, ele vem para por o fim na vida, o Opirá é momento derradeiro.
Mas Ikú antigamente só levava a morte os que Olodumare ordenava,
mas depois de um fato em sua existência, Iku se tornou Cruel e
odioso.
O Odú Oyekú Méji conta porque a morte passou a ser cruel como os
humanos:
Ikú era o Orisa do Fim, e só fazia o que Olodumare ordenava.
Por um engano, uma injustiça a mãe de Ikú foi espancada e morta na
praça do mercado de Ejìgbòmekùn.
Ikú ouviu e gritou alto, enfurecido!
Assassinaram a mãe de Ikú!
Iku fez do elefante a esposa de seu cavalo.
Iku fez do búfalo sua corda.
Ikú fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta.
Ikú batalhou contra os humanos e matava quantos podia e matava
sem piedade, mas uma vez perdeu a luta.
Ikú foi subjulgado, e seus inimigos o obrigaram a comer tudo o que
era proibido comer, segundo o conceito do èwò.
Os inimigos de Ikú foram a sua casa e chamaram Olójòngbòdú, a
mulher de Ikú.
Olójòngbòdú foi chamada cedo, pela manhã e os inimigos
perguntaram o que seu marido não podia comer, o que ele tinha como
èwò.
Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer ratos.
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos?
Ela disse que as mãos de Ikú tremeriam sem parar.
Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer peixe.
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe?
Ela disse que os pés de Ikú tremeriam sem parar.
Ela disse que Ikú, seu marido, não podia comer ovo de pata.
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata?
Ela disse que Ikú vomitaria sem parar.
Os inimigos de Ikú o obrigaram a comer todos os alimentos
proibidos, isso o enfraqueceu e o impediu de matar sem qualquer
critério, ou seja, a Morte foi subjulgada apenas depois que seus
inimigos conseguiram que ele comesse o que era proibido comer.
Ikú nao deixou de ter Ódio pelos humanos, e passou a comandar aos
Ajogún ou guerreiros do mal: Aro, Ofo, Ejó, Egba, Fifitiwó, Akobá,
entre outros.
Ikú passou por grandes tristezas.
Ikú e apaziguado, mas não é iniciado.
Ikú é intimamente ligado a Nanã, Obaluaye, Ogun e Oya, também a
Egun e a Iyamí.
Ikú se veste de preto.
Ikú deve ser respeitado, pois todos o encontraremos
um dia.
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