Olokun
Orisá mais antigo, pois antes que Olodumare se decidisse criar Ilu Aye, O Planeta Terra, dando vida aos seres humanos, plantas e animais, ja o imenso mar oceano, a agua sem fim que é Okun, reinava, preenchendo todo o espaço que iria se transformar em Ilu Aiye.
E Olokun, a deusa e rainha do mar, ali reside desde sempre, magestosa e imutável.
Tida como mulher por alguns e como homem por outros, pois para o Clã Fatunbi Adeniji, sempre designinada como
mulher, mãe geradora de todos os Orisás, chamada carinhosamente de dona da terra que tem raízes no mar.
Quando tudo já estava funcionando com cada Orisá e Ebora com suas funções sendo executadas, eis que Olokun julgou
que havia sido prejudicada perdendo espaço para as outras divindades e então Olokun resolveu retomar o espaço que
ocupava anteriormente invadindo as terras.
Muitos seres que já haviam sido criados morreram com ira de Olokun.
Olodumare vendo o que estava acontecendo novamente deu ordens a Oroina, Aganju, Igbona e Oloke para que
fizessem uma cadeia de montanhas que isolasse Olokun em seu espaço e assim com a força
destes Orisás, as montanhas isolaram Okun mas Olokun insistia em invadir desafiando assim as ordens de Olodumare,
que, enfurecido condenou Olokun a viver nas partes mais profundas do Oceano e ainda a acorrentou dando a ela um
mensageiro que era uma grande serpente marinha de tamanho nunca antes visto.
E deu a Olokun uma Ilha onde sua mensageira viria receber as oferendas para levar até Olokun.
Após muito tempo nesta situação, já com a terra e a criação reconstruída, Olokun pediu a Olodumare que a deixasse
livre mas os seres que viviam na terra deveriam lhe fazer uma oferenda diária de um ser humano em troca do espaço
perdido e que lhe pertencia.
Olodumare concordou mas ela deveria permanecer no fundo de Okun e apenas de tempos em tempos poderia vir à
superfície em sua ilha e quanto às oferendas diárias, seria a grande serpente, sua mensageira quem lhe entregaria.
Com a invasão de Olokun os primeiros seres que haviam sido criados foram todos tragados pelas águas, mas estes
primeiros seres eram defeituosos e mal acabados pois eram as primeiras experiências dos
Orisás que puderam então fazer seres mais aprimorados que desenvolveram as civilizações.
OLOKUN QUERIA SER UM ADIVINHO
Olokun veio a confiar tanto no oraculo de Orunmila, que ela se decidiu a aprender tudo sobre a adivinhação e o processo
de compensações e oferecimentos.
Ela expos o assunto a Orunmila e ele afirmou que isto era desnecessário.
Olokun insistiu e discutiu com Orunmila porque ela queria aprender o processo de adivinhação porque ela estava se
tornando uma preocupação para ele e a todo momento estava na casa de orunmila para uma nova consulta.
Orunmila escolhe consultar o oraculo para ter um direcionamento.
A resposta veio através de um verso do odu Oturupon Meji.
A mu gbe ile rin gbin gbin gbin
Difa dun Olokun Serin Ade
Ti n fi ojoojumo
Sunkun oun ko romo bi
Ifa ni odun odun nii
Ni Olokun yio finu soyun
Odun Odun ni
Ni Olokun yio fie yin gbe omo pon
Olokun, iwo ni op se eni
Olokun, iwo lo s’eyan
Iwo lo gbebo nibe to rubo
Orunmila aconselhou Olokun que ela não precisaria aprender a arte de divinação de Ifa, além do que ela também não
era nenhum jovem, além do mais por ser mulher ela teria muitos contra ela e isto seria tedioso.
Então Orunmila ensinou ela a fazer um sacrifício que terminaria com a esterilidade dela. Porem para surpresa dele,
Olokun recusou a levar a cabo esta instrução, porque ela estava descontente com a sugestão de Orunmila e a suposição
dela era que Orunmila estava mantendo segredos com ela.
Mais rápido que ele imaginava, Olokun voltou a Orunmila para teimar em aprender e que haveria de saber Ifa.
Enquanto agia assim ela não prestou atenção a uma tensão que estava acontecendo na relação deles , contanto que ela
conseguisse adquirir o que mais queria, e do modo dela.
Novamente Orunmila se recusou a atender seu desejo. Ao invés ele ofereceu ensinar-lhe o método de adivinhação com
16 conchas, o Merindilogun.
Olokun recusou esta proposta abruptamente.
Orunmila não tendo outra opção, teve que persuadi-la e argumenta Orisanla Osere-igbo (Obatala) o grande senhor de
todas as deidades se opõe a isto, o mesmo vale para Osun, a esposa de Orunmila que já estava muito hábil nas
dezesseis frações da adivinhação (merindilogun).
Assim foi o bastante, Olokun se rendeu aos argumentos de Orunmila e em algum tempo depois estava praticando aquele
oraculo com muito saber e destreza, uma adivinhação que constituiu uma combinação complexa e se utilizando de 16
cawries ralados.
Foi isto que ensinou para os seguidores dela e por este motivo ainda é praticado em Ile-Ife pelos devotos de Olokun.
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