NÀNÁ BURUKU

Rainha muito antiga, dona das passagens espirituais, seu culto no Brasil é quase extinto devido a grande perca de

conhecimentos.

Rainha dos pântanos, da lama, água parada, seria e poderosa.

Mãe de Obaluaiye,ligada a água e terra sua morada.

Confrontar com ela é ter a possibilidade de conhecer Iku, mas é compreensível, bondosa, rainha que todos tem grande

respeito e carinho em toda iorubalandia.

Nanã é a mãe ancestral, importada das terras do Daomé.

É a mulher sábia, a anciã que atingindo a menopausa, já não verte sangue.

Por isso retém em si o poder da procriação.

Como associada à lama e às águas contidas na terra, liga-se ao processo de fertilidade da terra.

Simboliza a aternidade arcaica indiferençada, pois é a mãe de todos os seres, à partir dos moluscos dos pântanos.

São seus filhos os mortos e os ancestrais.

Suas cores são lilás, branco ou azul claro.

Disputa entre NANÃ BURUKU e OGUM

Nanã Buruku é uma velhíssima divindade das águas, vinda de muito longe e há muito tempo.

Ogum é um poderoso chefe guerreiro que anda, sempre, à frente dos outros Imalés.

Eles vão, um dia, a uma reunião.

É a reunião dos duzentos Imolés da direita e dos quatrocentos Imolés da esquerda.

Eles discutem sobre seus poderes.

Eles falam muito sobre obatalá, aquele que criou os seres humanos.

Eles falam sobre Orunmilá, o senhor do destino dos homens.

Eles falam sobre Exú: “Ah! É um importante mensageiro!”

Eles falam muita coisa a respeito de Ogum.

Eles dizem: “É graças a seus instrumentos que nós podemos viver. Declaramos que é o mais importante entre nós!”

Nanã Buruku contesta então: “Não digam isto.

Que importância tem, então, os trabalhos que ele realiza?”

Os demais orixás respondem: “É graças a seus instrumentos que trabalhamos pelo nosso alimento.

É graças a seus instrumentos que cultivamos os campos. São eles que utilizamos para esquartejar.”

Nanã conclui que não renderá homenagem a Ogum. “Por que não haverá um outro Imalé mais importante?”

Ogum diz: “Ah! Ah! Considerando que todos os outros Imalés me rendem homenagem, me parece justo, Nanã, que você

também o faça.”

Nanã responde que não reconhece sua superioridade. Ambos discutem assim por muito tempo.

Ogum pergunta então: “Voce não acredita que eu seja indispensável?”

Nanã garante que isto ela podia afirmar dez vezes.

Ogum diz então: “Muito bem! Voce vai saber que eu sou indispensável para todas as coisas.”

Nanã, por sua vez, declara que, a partir daquele dia, ela não utilizará absolutamente nada fabricado por Ogum e poderá,

ainda assim, tudo realizar.

Ogum questiona: “Como voce fará? Voce não sabe que sou o proprietário de todos os metais? Estanho, chumbo, ferro,

cobre. Eu os possuo todos.”

Os filhos de Nanã eram caçadores. Para matar um animal, eles passaram a se servir de um pedaço de pau, afiado em

forma de faca, para o esquartejar.

Os animais oferecidos a Nanã são mortos e decepados com instrumentos de madeira.

Não pode ser utilizada a faca de metal para cortar sua carne, por causa da disputa que, desde aquele dia, opôs Ogum a

Nanã. 

Okiti kata, ekùn a pa eran má ni yan.

Olu gbongbo ko sun ebi eje

Gosungosun on wo ewu eje

Ko pá eni ko jé oká odún

A ni esin o ni kange

Odo bara otolurio

Omi a dake jé pa eni

Ómó Òpara ogan ndanu

Sese ibá o

Ibá iye ni mo jé ni ko jé ti aruní 

Emi wa foribale fun sese

Oluidu pe o bàbá

Ni adie ko tuka

Yèyé mi ni Báribà li akoko

Emi ako ni alá mo le gbe agada

Emi a wa kiyà Onílé ki ilé

Àse.

 
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